Velho engenho
Edir Pina de Barros

A vida é velho engenho. Tudo mói
sementes de esperança, tolas mágoas,
tristezas, alegrias, véu de fráguas,
toda arrogância, o orgulho de um herói.

 
E vai rangendo anéis, correias, tábuas,
ferrugem que a engrenagem já corrói,
gemendo vai e sem cessar destrói 
a dor, que faz verter do pranto as águas.

Eu sei! Sabemos nós que a vida é engenho
e mesmo assim aqui cantá-la venho
em cada verso que feliz componho.

Por quê? Por ser essência do universo,
de tudo que no cosmo está disperso,
que pulsa e que renasce à luz do sonho.

Versos alados, pg. 32
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 27/08/2015
Reeditado em 18/12/2016
Código do texto: T5361006
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