PENITENTE E PENITÊNCIA
Rosas do meu jardim primevo
Colhidas em cascatas de plenitude
Neste coração regalo de mansuetude
Sou devoto das rosas sob o luar de enlevo.
Folhas maduras chegaram com o outono
Espectro das rosas em diafaneidades
Levou a prima beleza das róseas divindades
As flores rainhas anêmicas caíram no sono.
O inverno veio sobre mim sem rosas
Fiquei perambulando cheio de horas ociosas.
Um penitente sem sua penitência padece.
O mundo encheu-se de frio gelo
Velei os sonhos das rosas com desvelo.
Felizmente o inverso inverno passou.