Quando meus olhos forem órbitas vazias,
Vem ver-me, uma vez mais, no cemitério.
Eu quero a nuvem das tuas mãos macias,
Para selá-los, neste meu último refrigério.
                                                             
Quero ver os teus de pupilas umedecidas,
Na derradeira despedida tão igual àquela,
Que uma vez já fizemos em nossas vidas,            
Só nos deixando uma irreversivel seqüela.
 
Rogo a Deus que te conceda muitos anos,
Para tentar viver e perder um novo amor
E poder fazer com o meu a comparação;
 
Se viver é uma aventura de muitos planos
Só saberemos o quanto amamos pela dor,
Que sentimos no momento da separação.