ETERNO PACTO 

No sétimo trago chegou quem eu esperava
As almas descansam no lençol da escuridão 
Sinto o envelhecido carvalho na respiração 
A dama entra virtuosa como eu imaginava 

Vestes de seda azul-turquesa e rosto intocável 
E num reflexo o seu olhar reluzente me acerta
Ela me fita e diz: Hoje sou tua – ébrio poeta!
Não será carnal, mas será único e memorável  
    
Como o frio que te rasga ao beijar o abismo
E alguém te segura pelas mãos na tua agonia 
Servirás eternamente a mim após esse batismo 

Na calada da noite ou na bonança do meio-dia  
Nossa ligação afrontará a todo tipo de ateísmo   
E o mundo dirá – Esse poeta viveu a poesia!


( Fábio Ribeiro - Agosto/2015 )

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