Destinos...

Deus, que traça o destino às criaturas

Reservou-me o mais triste dos destinos

Sou como o pária inquieto, peregrino

Na solidão da noite infinda, escura

E não tem sido a vida porventura

Toda desgostos grandes e contínuos

Eu curvo-me porém, humilde inclino

A testa ante as mágoas e amarguras

E conformado sigo meu caminho

Mesmo crivada de cruéis espinhos

A alma contra Deus não se rebela

porque se Deus cercou-me de tristezas

Deu-me do coração a sutileza

Fez-me poeta para compreendê-las!

Soneto que encontrei dentro de um velho livro de história, cujo autor é Nerone Campos.

Agamenon violeiro
Enviado por Agamenon violeiro em 25/08/2015
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