Por onde não flui o amor.
Quando se sabe as consequências dos atos
E se vislumbra o verdadeiro embaraço
O quarto é um recôndito muito seguro
Mas, o mundo tenta diminuir os espaços
Deverás a solidão é um caminho sem passos
É a afirmação de algo que nunca se viu
Não queria, mas fui obrigado, forçado
A abdicar do meu melhor lado, de fato
E ser na minha plenitude um poeta vil
Porém, como serei algo que nunca fui?
Como negar o que sempre trago no peito?
Tanta sensibilidade as vezes me deixa sem jeito
Porque até mesmo um grande coração
Pode sentir algo por onde o amor não flui.
NUNES, Elisérgio.