O DESAFETO
O DESAFETO
De vera, a dúvida é um benefício
Que muitos homens não merecem mais.
A culpa recai sobre os teus iguais
Enquanto te animarem o ócio e o vício.
Investiga os alicerces do edifício,
Que te construíste com cartas banais.
Mas não lamentes tu junto aos boçais
Viveres no absoluto desperdício.
Eu não te reconheço: És qualquer um!
Renego até o dia em que te vi
No mais convencional lugar comum.
E apesar de entender tua ilusão,
Nada resta senão fazer de ti
Outro rosto a sumir na multidão.
Betim - 29 10 2014