HÚMUS
Há um movimento interior
Que pulsa bem lá dentro de mim:
O de resgatar toda flor
Do seu adverso jardim.
Para bem além do horizonte
Buscar perdidos sóis das manhãs
Trazê-los para que vida desponte
Qual o viço dum poema em afã.
Poder saciar toda sede...
As fomes das terras sem húmus!
A então devolver todo o furto
Levado pelas mãos dos corruptos!
E das secas fontes do tudo...
Rebrotar sempre em verso profundo.