A moça que escuto
Ouço alguma voz, se de um anjo ou demônio depende do sentimento,
Mas é uma mulher responsável pelo meu peito palpitar,
Mas desejo-a sem vê-la e vejo-a em meus sonhos sem lastimar,
Pois é a única mulher com quem convivo no momento...
Se ela é poesia ou uma mera fantasia, eu não sei chorar,
Mas quando vira realidade, meus olhos, de verdade,
Põe-se a criar: Sua imagem não distingo, fico a mirar
A doce metáfora, ninfa de brio que, de amá-la, dá-me vontade...
Então busco no fundo da memória, mas rejeito o investimento
De outras que passaram por passar, pois amo aquela
Que vive em minha mente, meus olhos a fisgar; no momento
O meu doce desejo é pode-la imaginar como é ela...
Espero conhecê-la antes que do céu chame um anjo e ela tome seu fim,
Pois desejo amá-la, um último suspiro, choro para ela despedir-se de mim...