COMO MORRE UM AMOR...
Na imperturbável quietude d'alameda,
Onde o vetusto cipreste oscila dormente,
Sibila uma fonte, melancolicamente,
As mais doces notas de uma canção de seda.
O jorro d'água vacila qual labareda,
E uma espuma nas bordas, delicadamente,
Ornava, co'as bromélias, aquela nascente,
Enquanto o sol vai tingindo toda a vereda.
Àos pés da fonte, deita-se um plácido lago,
E um cisne imponente, com sua fidalguia,
Lento... lento vagueia tendo a fonte ao lado.
De repente enriza as plumas, na travessia,
Abre suas asas e solta um grito assustado,
Ante um botão de rosa... qu' nas águas morria.