PALAVRA RIO-BRAVO
“A Roland Barthes”
À morte, à morte, já morreste, ó escritor
Da palavra emergente em plena madrugada,
Meu rio-bravo de alma branca germinada
Pela inefável lira das mãos do criador.
À vida, à vida, renasceste ó bom leitor,
No fio de uma mariposa feita espada
E é mesmo para ti - por ti assim pensada -
Porque és a vida deste eterno e grande amor!
Palavra rio-bravo, horizonte e harmonia,
Meu cálamo sagrado feito poesia
Silvestre alfobre d´ água pura em cada tina…
Quero fazer de ti mensagem lenitivo
Que eu, autor, não serei jamais o objectivo
Mas apenas, e só, a alma cristalina!
Frassino Machado
In JANELAS DA ALMA