AO CAIR DA TARRDE
Pálida e turva à luz se dissipando,
Velas que se acendiam espalhadas,
Teu rosto em labaredas cintilando,
No jardim muitas flores orvalhadas.
No alpendre a cruviana já açoitava,
Assoviava à tardinha invernando
Um canto alvissareiro que animava,
Rouxinóis na cumeeira se aninhando.
Deslumbre desse rosto teu semblante,
Tua beleza oh! Quimera enaltecida,
Boquinha encarnada e exuberante!
Charme que de uma deusa do Olimpo
Ternura de um olhar, o qual encanta,
Num oásis de um infinito de céu limpo!