A COBRA QUE ME ENGANOU

Por dois anos e meio de namoro

Eu enganado fui em doce amor,

E agora o peito meu está em choro

Para expressar a sua fútil dor.

Desta ferida nada mais imploro,

A não ser pela paz interior,

Pois infinitamente o amor ignoro

Pela mulher de triste desamor.

Quebrou-se a preciosa confiança,

Que tanto prezo nesta dura vida,

Já que era a minha única esperança!

Pois a falsa paixão me foi mantida

Na maldita ilusão da segurança

Da boca duma cobra tão querida.

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 19/08/2015
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