Ave sonhadora
Minh ’alma vibra na prisão do corpo,
Enclausurada pelas conjunturas,
De algum passado e repassado porto,
Dos pélagos supremos das alturas.
Planta sublime a germinar no horto,
Da materialidade tão impura.
Linha tão tênue num caminho torto,
Que só no infinito se perdura...
Aos poucos vai buscando a liberdade,
Pois seu aprendizado se refina,
Ganhando força, cor e claridade...
De pouco a pouco a alma se ilumina,
Buscando o salto para a eternidade,
“O voo augusto para a luz Divina.”