Ave sonhadora

Minh ’alma vibra na prisão do corpo,

Enclausurada pelas conjunturas,

De algum passado e repassado porto,

Dos pélagos supremos das alturas.

Planta sublime a germinar no horto,

Da materialidade tão impura.

Linha tão tênue num caminho torto,

Que só no infinito se perdura...

Aos poucos vai buscando a liberdade,

Pois seu aprendizado se refina,

Ganhando força, cor e claridade...

De pouco a pouco a alma se ilumina,

Buscando o salto para a eternidade,

“O voo augusto para a luz Divina.”

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 18/08/2015
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