Melhor assim
Edir Pina de Barros
Mas de que valem dor, lamúria e luto,
se nada voltará ao que era antes,
se nunca mais seremos bons amantes,
se o amor não é mais simples, impoluto,
se ao lado teu a paz sequer desfruto,
e os gestos teus– outrora tão galantes –
são cínicos, vazios, arrogantes,
que calam-me. E contigo nem discuto.
Não sei porque chorar o fim do nada
que nos restou. Melhor ficar calada
no meu recanto, só e em paz comigo.
O que me importa é haver amado um dia,
e tudo transmutar em luz, poesia,
seguir amando o belo, como eu sigo.
Brasília, 16 de Agosto de 2015.
Versos alados, pg. 43
Edir Pina de Barros
Mas de que valem dor, lamúria e luto,
se nada voltará ao que era antes,
se nunca mais seremos bons amantes,
se o amor não é mais simples, impoluto,
se ao lado teu a paz sequer desfruto,
e os gestos teus– outrora tão galantes –
são cínicos, vazios, arrogantes,
que calam-me. E contigo nem discuto.
Não sei porque chorar o fim do nada
que nos restou. Melhor ficar calada
no meu recanto, só e em paz comigo.
O que me importa é haver amado um dia,
e tudo transmutar em luz, poesia,
seguir amando o belo, como eu sigo.
Brasília, 16 de Agosto de 2015.
Versos alados, pg. 43