Paraíso

Na terra do nada, o tal limbo

Desamado, com os pés descalços

Com rosto negro feito carimbo

Minha alma presa pelos calços

Antes estivesse no inferno

Melhor queimando que apatia

Vais embora, ó peso eterno

Estou cansado de enfastia

Estava nesse purgatório

Em rendição, me entreguei ali

Chorando como num velório

O choro se transformou em riso

De todos lá, no perdão não fali

E assim se fez o paraíso

Gustavo Alves Ribeiro
Enviado por Gustavo Alves Ribeiro em 14/08/2015
Código do texto: T5346567
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