Oh musa, aceita-me?
Oh meu doce amante, que tudo termina num amanhecer urgente,
Qual sombra da morte, choras e és forte, urge me ver,
Mas o sonho cortado te deixas mag'ado, com o mesmo querer,
Mas eu tenho amado já outro trocado, com o sinceramente...
Precisas querer, precisas fazer e precisas ser, mas és nada,
Por isso, tristonho, o vil enfadonho poeta a chorar,
Fazes da vida, já muito batida, mais sorte a se dar;
Entra, qual morte, no peito já velho e ama a mortalha...
Mas o pobre desgosto do vil garoto insiste a ficar;
Então não tremes ao ver que em mim fremes outro a chorar,
Qual marido ou amante, já não relutante, eu outro a amar -
Pois sou tua musa, a real salutante amada a serenar
A dor do peito, encostado em meu seio, gemendo a soluçar
Vis poemas, não mais sinceros, mas vampíricas: O sangue a chupar...