O Castelo Encantado
Intertextualidade da poesia “O Palácio da Ventura”
( Antero de Quental).
Soneto
Voo sou eu um piloto sonhador.
Sob nuvens, sob céu, sob dia claro.
voador na busca do amor abrasador
no Castelo encantado me deparo,
Mas pulso fraco, titubeante, desfalecido,
cortada a corrente jaz, rumo a que configuro.
eis que vejo longe a figura do esplendor
de alguém com reais presentes, me desespero.
E sem medida bato fortemente apavorado,
com ego vagante e desprezado.
Chegam-vos, portões de ferro, seus gritos cessaram.
Escancaram-se portões de ferro e barulhento...
Indo de encontro já, saturado desnorteado,
calando-se na vagueza do tempo, sem saber aonde ir.