AGUARDENTE DE CANA
AGUARDENTE DE CANA
Ardente, ardentemente, quero um gole
Que me desça faiscando pela goela;
Que me faça romper toda cautela,
E que à ininteligível língua enrole.
Seja algo que do mal bem me console
Ou ao menos confusão que a mim revela:
Aos olhos, outra luz já me constela
Enquanto a mente fora de controle.
Ao quê, toda a emoção enfim me mova
Aonde essa alegria absurda e nova
Dê ao espírito máxima verdade.
E inútil... Qual certeza que se perde:
-- “Destilado o álcool vão da cana verde,
Tenha, até o mais vil, a liberdade!”
Betim - 15 11 2014