Primeira pessoa singular
Não confie em alguém que só se exalta,
Alguém imerso pelo egocentrismo;
Aquele que se acha sempre em alta,
Com seu indescritível narcisismo.
Quem faz da vida um exibicionismo,
Tornando o próprio mundo uma ribalta.
É o mestre da arrogância e do egoísmo;
O astro que a soberba só ressalta.
Aquele que enaltece os próprios traços,
Quem ouve apenas sua própria voz,
Prestando só atenção nos próprios passos,
E dessa natureza o mais feroz.
Quem planta muito o “Meu” colhe o fracasso;
Quem usa muito o “Eu’, esquece o “Nós”!