Eu vi,eu vi  !






Que,antes do desmaiar da tarde fria,
A branca neblina velando negro vulto,
Força da saudade,estranho mal oculto...
Furioso drama de inacabada sinfonia.


Em mim,pouco a pouco embalde,morria...
Alegre criança,na solidão,triste desenlace!
Cuidava ,talvez,ver aquele Deus,face a face,
Mas,no desalento, manso vento,me encolhia.

Contudo,surgira-me um inesperado carinho,
Sabiá laranjeira, das manhãs,meigo canto...
Lágrimas d’orvalho verti,então,nesta hora!

Ah!Eu vi,que Deus era aquele passarinho!
Que embalava meu sono,divino acalanto,
Ouvindo estrelas ,para sempre,fora embora...