SEDENTA DE AMOR

Esses teus olhos lindos e abrasados,

Eclipsados quão ainda atrevidos,

Devastando este corpo esbranquiçado,

Vão varrendo, vagueando meu umbigo.

Oscila ó língua calma, suave e cálida,

Neste torso à luz da lua colorindo,

Reluzindo teu semblante meigo e álida,

Teus lábios entreabertos deglutindo!

Teus seios nuns, de vasos azulados,

Úmidos, que por mim tão embebecidos,

Brilhantes, como nunca acariciados.

Porém esses pelinhos tão dourados,

O ouro fio de um arrebol entardecido

De essas coxas nunca hei transladado!

fcemourao
Enviado por fcemourao em 10/08/2015
Reeditado em 12/08/2015
Código do texto: T5341764
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