PROCURO-TE...

Espero-te, silencioso e manso

Depois da noite que se fez escura

Por sobre a vida, um véu na amargura

Por onde o bem encontra algum descanso...

Ainda, espero-te, depois que alcanço

A luz do dia, como a fonte pura

Que mata a sede da visão impura

No entardecer, espero-te, e avanço...

Por sobre a noite, no vazio imenso

Por entre estrelas num olhar intenso

Procuro-te, mas, sem te encontrar...

Ó paz! Tão desejada que almejo

Que é feita de fagulhas do desejo

Será te escondes os abissais do mar...?

Autor: André Luiz Pinheiro

08/08/2015