Indiferente
Edir Pina de Barros
 
Oh! Pobre Flor! Que triste o teu destino,
amar o vento, que te enlaça e passa,
roubando-te o fulgor, o lume e a graça
flagrâncias desse corpo feminino.
 
Oh! Vento! Sempre grande peregrino,
te evolas mais que vinho em fina taça,
e, no caminho, a bela Flor te abraça,
podias ser  sensível, mais ladino.
 
Mas tu nem sentes, não, a bela Flor
a oferecer-te pétalas de amor...
Por que tu passas frio, indiferente?
 
Ah! Se eu tivesse alguém que assim me amasse,
me morreria, sim, num doce enlace
feliz, bem mais feliz que toda a gente.
 
Brasília, 09 de Agosto de 2015.

Versos alados, pg. 44
 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 09/08/2015
Reeditado em 11/08/2020
Código do texto: T5340458
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