Meu nome é pecado
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"...Minha boca se abre e espera
O direito ainda que profano
Do mundo ser sempre mais humano
Perfeição demais
Me agita os instintos
Quem se diz muito perfeito
Na certa encontrou um jeito insosso
Pra não ser de carne e osso..."
(Moska e Zélia Duncan)
Os sete pecados são minhas maiores virtudes,
são o melhor de mim, meu instinto puro e livre;
são minhas asas, a força das minhas atitudes,
são como meu espelho ao brilho que em mim vive.
Traçam na minha carne os riscos, as diretrizes,
me levam ao riso, aos gargalhares mais insanos,
me tornando devassa como as boas meretrizes:
a mais perdida, profana, sem perdas ou danos.
Me fazem ajoelhar e derramar os olhos pra cima,
na completa sujeição do prazer solto que me move,
como uma santa que brilha em paetês na esquina.
Meu nome inteiro é pecado e é isso que te inflama,
que me faz tão mansa ao teu peito que se comove
ao me ver assim, aberta, absolutamente humana.
Gula; Tenho fome de amor, de prazer, meu bicho é assim
Luxúria; Danço em fogo, pelo fogo, aberta
Avareza; Não divido homem. O que é meu é meu, até que deixe de ser
Ira; Meu ódio tem a mesma força do meu amor
Soberba; Ostento meu prazer de ser e viver
Vaidade; Gosto do que é meu, acaricio, mostro com prazer
Preguiça; Na rede, na cama, no chão, no mato... em qualquer lugar. Deito e fico.