DA TERRA
Ausculto seus lamentos silenciosos
Do âmago de sua “alma” em aflição
Pedindo por socorro, mas em vão,
Pois que os homens são gananciosos.
Aos poucos vão danando-a, impiedosos,
Ou usurpando-a com grã satisfação,
Sufocando-a com vil degradação
Alheios aos efeitos desastrosos.
Sem voz para gritar enquanto há vida
Respira suas dores convulsivas
Em coma nessa angústia dividida.
Ação e reação são intuitivas,
E a Terra nesse caso é quem revida;
Renova-se reagindo às invasivas.