RETICÊNCIAS...

É no espelho que percebo a ausência
De uma história, de uma quintessência,
Vejo nele a imensidão do nada
Refletindo a vida já enrugada...

No relógio procuro os momentos
As ações, os acontecimentos
Mas encontro fugas e vontades
Estilhaços de vida em metades...

Vasculho o passado aos quatro cantos
Procurando imagens, vejo halos
Cato fragmentos, tento atá-los...

Vou juntando os cacos entre prantos,
De um espelho que partiu-se em rugas,
De um relógio que esvaiu-se em fugas!