Não se maquia o amor

Se não existe amor, é inútil o seu invento,

Não há gloss algum que realce seu brilho,

É como se prendesse entre dedos, o vento,

Canção sem rima, de mau gosto estribilho.

Não há base que acoberta as deformidades,

Em um delinear cheio de vazio de um nada,

É um pó compacto que anoitece claridades,

É um rímel que borra... À cegueira fadada.

São máscaras que ofuscam toda a essência,

Blush faz-se escorrido por lágrimas quentes,

Entristece olhos a lápis preto, não atraentes.

É inacessível o salão; ou difícil permanência,

O batom reflete no espelho um falso sorriso,

Imo falso nécessaire não maquia um paraíso.

Uberlândia MG

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Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 04/08/2015
Código do texto: T5334561
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