Poeira
Nada restou de ti nesse caixão!
Não vejo o teu orgulho e prepotência?
Cadê todo o egoísmo e negligência?
Cadê toda a ganância e presunção?
Pra que ter tanta pressa, tanta urgência,
Se tudo nesse mundo é uma ilusão?
...É tudo passageiro, tudo em vão,
Movido pela própria inconsequência.
O que ficou? Pouco ficou na estrada:
Uma lembrança passageira e só
Uma saudade fraca e emoldurada...
O que sobrou me causa apenas dó:
A vida inteira dissolvida em nada;
Uma existência transformada em pó!