Poeira

Nada restou de ti nesse caixão!

Não vejo o teu orgulho e prepotência?

Cadê todo o egoísmo e negligência?

Cadê toda a ganância e presunção?

Pra que ter tanta pressa, tanta urgência,

Se tudo nesse mundo é uma ilusão?

...É tudo passageiro, tudo em vão,

Movido pela própria inconsequência.

O que ficou? Pouco ficou na estrada:

Uma lembrança passageira e só

Uma saudade fraca e emoldurada...

O que sobrou me causa apenas dó:

A vida inteira dissolvida em nada;

Uma existência transformada em pó!

Hélio Cabral Filho
Enviado por Hélio Cabral Filho em 03/08/2015
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