Como uma gata
Há pouco, adormeci, agora à tarde,
Despido como, bem sabes, sempre o faço,
Cansado, nem mesmo ouvi seus passos
Se aproximando, sorrateira, sem alarde.
No mundo de sonhos por onde então vagava
E, talvez, até mesmo, por requerer teu ardor,
Senti tua língua tocar meu corpo, com amor,
Quedando-me inerte, pelo tanto que te ansiava.
Olhos cerrados, para não quebrar o encanto,
Deliciando-me, como desde a vez primeira,
Em que me entreguei a tua saga, no entanto.
Em delírio, neste êxtase que se avizinha,
Vejo-a transpor a porta, lépida, sorrateira,
Desencanto, era Jouliette, a gata da vizinha.
Há pouco, adormeci, agora à tarde,
Despido como, bem sabes, sempre o faço,
Cansado, nem mesmo ouvi seus passos
Se aproximando, sorrateira, sem alarde.
No mundo de sonhos por onde então vagava
E, talvez, até mesmo, por requerer teu ardor,
Senti tua língua tocar meu corpo, com amor,
Quedando-me inerte, pelo tanto que te ansiava.
Olhos cerrados, para não quebrar o encanto,
Deliciando-me, como desde a vez primeira,
Em que me entreguei a tua saga, no entanto.
Em delírio, neste êxtase que se avizinha,
Vejo-a transpor a porta, lépida, sorrateira,
Desencanto, era Jouliette, a gata da vizinha.