Soneto luz na escuridão
Quantas facadas superficiais
Que me remetem a severas tristezas
Presas e enjauladas decepções
Que não me deixam seguir meu rumo.
Veja o quanto aprisionado estou no passado
Em lembranças incansavelmente na mente
Indo e vindo em frações de poeiras ao vento
Em um tempo que não apaga tais dores.
A luz na escuridão que ainda busco
Deve estar nos mares do amor
Talvez, em ondas de um rio incolor.
Sou tão navegante a me arriscar
Que não voltarei a meu velho e triste lar
Sem luz na escuridão, tua falta a me assombrar.