Soneto espinhos

Ela quis acreditar na ilusão

Em algo que eu não poderia corresponder

Já sabia do meu desespero fechado

Sabia que o vazio ainda persistia em mim!

As folhas que caem no outono

Representam minha vida ao chão

Pouco a pouco desfazendo-se

Sem aquela capaz de regar-me novamente!

Quando espinhos rasgaram minha pele

Tu, Branca pequena, beijou o sangrar

Secando a dor momentânea!

Ainda existem espinhos que sangram-me

Rasgando além da pele, minha alma

Onde teu beijo ainda não alcança!