A Prisão em que vivemos
A prisão em que vivemos
Jorge Linhaça
Encarcerados nesta clausura
Somos escravos de uma ilusão
E nossa mente isso não apura
Vive perdida entre o sim e o não.
Estas paredes de tal tecitura
Logo, depressa, irão para o chão
Chegada a hora, nada as segura
Eis que libertos seremos então.
Longe das grades, libertos, enfim,
Abrem-se as portas do universal
Já não existe o início e o fim
Tudo se torna um todo cabal
Nos expandimos enormes, assim
Quando deixamos o corpo mortal.
II
Quando deixamos o corpo mortal
Vão-se os limites da inconsciência
Isto é um sonho e nada é real
Tudo veremos com onisciência
Da nossa mente, em percentual,
Só dez por cento de sua potência
Usamos aqui nesta vida mortal
Para aprender com a experiência
Nossas escolhas revelam caminhos
Que nos levam a destinos diversos
Uns são de rosas outros são de espinhos
Uns são de prosa e outros de versos
Ou caminhamos em grupo ou sozinhos
Nesta jornada pelo Universo.