Oh, breve encanto
Oh, noite, és como o morrer do sol,
Mas és também o nascimento da lua,
Uma escuridão encobre o dia qual véu
Que fascina lamuriante a face nua
Que deixo ao olhar para o céu ao entardecer,
E, qual vampiro que vive de beber sangue noturno,
Deixo serenar o meu pranto na aurora e ao nascer
Do sol, mas volto a me lamentar ao cair da noite, moribundo...
Peço a piedade na face bela de uma senhorita,
Mas esta vê-me com malícia e astúcia e me desdenha,
Mas eu choro e lamento, viro o poeta a recitar versos...
Mas versos são eternos, e a vida é curta e seu destino é certo,
Por isso, entrego-me na melancolia do meu coração com a pena
De que tudo passe, menos aquilo que sou, minha alma que recita...