ÀMORAL
Quisera eu, oh, ser como os gregos
Embeber-me no cálice do amor
Perder-me-ia nas asas dos aconchegos
Viveria em plena vida sem temor
Como não posso, vivo em desamor
Afastar a moral de minha vida
É batalha, guerra, minha lida
Pr'esta causa que voltas meu clamor
Pra fechar as marcas desta ferida
É pra que escrevo tais sonetos
Condensar a experiência vivida
Experiência de todos sentimentos
De tal vida que agora é tida
Nesta antítese de movimentos