POETA...
Tímpano ao som de um clássico, que vibre
Olhos encrustados, no olhar que voa
Lábios limitados, na palavra ecoa
Cérebro encarcerado à mente livre...
Tez da pele se arrepia enquanto vive
Coração batendo, harpa que ressoa
Sangra a carne se esvaindo a vida a toa
Loas para morte, à vida sobrevive...
Pensamento voa, foge à vida louca
Vive antes a palavra ao céu da boca
Lança-se, ao infinito, o olhar que vê...
Cala o som da fala, ouve o céu e a alma
Aquieta-se a solidão com calma
Rompe o silêncio, um verso ao escrever...
Autor: André Luiz Pinheiro
27/07/2015