HARÉM DE DEUSAS

Nádegas, cujas deusas por aí afora,

Ver-te entre as mais joias belas, raras,

Ninfas de um harém as jovens de agora,

As quimeras daquele antigo haras.

Exclua-te do mal oh, a tua mão adaga,

De o mundo macambúzio e das galas

Anseio de essa tua alma, que a ti calas,

Mão do enfadonho néscio, não afaga!

Se emperiquita em grandes salas largas

É tempo ócio devaneio, momento e glória,

Do ópio a Afrodite bela, doce e amarga!

Do íntimo bramido, o brado a vitória,

Que em minh'alma pasma, ver a ventura,

De essa criatura que alterna em vanglória!

fcemourao
Enviado por fcemourao em 27/07/2015
Reeditado em 27/07/2015
Código do texto: T5325924
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