HARÉM DE DEUSAS
Nádegas, cujas bundas por aí afora,
Amar-me entre as mais joias belas, raras,
Deusas de um harém as jovens de agora,
As quimeras daquele antigo haras.
Exclua-te do mal oh, a tua mão adaga,
De o mundo macambúzio e das galas
Anseio de essa tua alma, que a ti calas,
Mão do enfadonho néscio, não afaga!
Se emperiquita em grandes salas largas
É tempo ócio devaneio, momento e glória,
Do ópio a Afrodite bela, doce e amarga!
Do íntimo bramido, o brado a vitória,
Que em minh'alma pasma, ver a ventura,
De essa criatura que alterna em vanglória!