FÉ
De tudo que admiro, que desejo, que anelo;
A Ti, guardei nos átrios da divina
Esperança. Acima das leis e das doutrinas
Tu vives, sem cartilha, do que é belo.
Mesmo ao homem que Te fere com cutelo,
És a eficaz – e infalível – lamparina;
És o alimento, o nutriente; a vitamina,
E um Abrigo suntuoso, qual um castelo.
Ai dos homens que Te exilam, nua;
Que Te oprimem e desamparam na rua,
Que repudiam Tua glória eterna.
Mas, mesmo a eles, perdoas; pois conheces,
E sabes que Te invocarão nas preces;
E Tu te aproximarás: com paz; materna.