Cicatriz
Hoje o amor bateu asas. Partiu.
De malas prontas, saiu sem destino.
Foi silencioso, de um jeito sutil.
Talvez, em busca de um toque divino.
Hoje, o sorriso trocou figurino.
Olhos apáticos... Rosto senil.
No peito há morador clandestino:
Um sentimento de dor. Pueril.
Hoje há um corte profundo no peito,
Vindo de um golpe certeiro. Mortal.
Flecha atirada no alvo perfeito.
Hoje, o amor libertou-se, afinal.
Pegou a estrada e foi ser feliz.
Só o tempo pode apagar cicatriz.
Fiore
Reg. EDA/FBN