“VIAS DE FATO”
Mulher de cabeça doida endoidecida.
Deliro nos delírios de tuas fantasias,
Me amasso como a massa que amacias
Quando teu desejo desejando me convida.
E nua, te insinuas já incandescida,
Me amas como as damas das poesias...
Me desatino, perco o tino, vou às vias
De fato. Neste ato de entrada e saída
De Priapo, tu te realizas, eu me realizo...
Sob o teu bafejo com um beijo finalizo,
Vendo a manhã e a manhã o sol já corta...
Levo na boca o gosto doce de teu gosto,
O querer de te querer é o pressuposto
De bater cedo, à tarde, em tua porta.