Outros mares
Ele era uma graça, mas quando chegava a tristeza,
Ele acrescia o som da música no mais alto volume,
Puxava as cadeiras e arredava para um canto a mesa,
Tirava a tristeza para a dança, extraia-lhe o azedume.
E ele era do tipo: _ Sou de bem com a vida sim, e daí?
E duvido muito que a tristeza resistisse ao seu sorriso,
Seu jeito menino, ora responsável, ora não to nem aí,
Capaz de transformar um inferninho em um paraíso.
_Tristeza que se dane; não a chamei para minha vida,
E sambe comigo malandra, de você não serei refém,
Você é intervalo entre um sorriso e outro, está bem?
O meu mundo é o meu mundo, prefiro-o sem ferida,
Opto por almas prósperas, amor saindo pelos olhares,
E a vida me ensinou assim, ser nauta de outros mares.
Uberlândia MG
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