Pecado
Pecado
O poeta pecou, deixou vazar
o que somente ao céu era guardado.
Deixou chover um verso, que pecado!
Molhou um chão tão puro e singular.
Escorreu, entre as rimas, seu sonhar,
seu pensamento, sempre apaixonado.
Errou e nem notou que havia errado,
culpou seu coração, por tanto amar.
O silêncio surgiu lá no horizonte
de onde brota a paixão em poesia.
Chora o poeta e ainda dessa fonte,
desce um rio de sonhos, fantasia?
Aguarda uma esperança que lhe aponte
o retorno ao seu céu, sua alegria.
Gilson Faustino Maia