SOZINHOS DE NÓS


Procuro nos teus olhos, a luz que brilhava.
Sim, havia luz, e não a encontro mais...
Era nessa luz que eu me espelhava
enxergando a vida com todos seus sais!

Andávamos tão bem, pelos caminhos.
De repente, seixos, machucando nossos passos.
Na colheita de rosas, tantos espinhos
sons estranhos destoando os compassos...

E tudo foi mudando, perdendo o colorido,
não mais o afeto, o amor, ou o carinho.
 Viver  foi ficando triste, tão dolorido

E continuamos seguindo, sozinhos de nós
em distantes estradas, no mesmo caminho,
esperando que o tempo, desfaça esses nós!


**************

Comentário em destaque:

..."E quando eu não voltar
Acenda o mesmo lume de estrelas
Que eu deixei no teu olhar..."
(Canção de Oswaldo Montenegro)

"Batidas na porta da frente é o tempo
Eu bebo um pouquinho pra ter argumento
Mas fico sem jeito, calado, ele ri
Ele zomba do quanto eu chorei
Porque sabe passar e eu não sei..."
(Nana Caymmi)
Lindo soneto. A sensibilidade é sua marca,
amiga da poesia. Aplausos pra ti, sempre!
                                                       - James Assaf-

 
Simplesmente Romântica
Enviado por Simplesmente Romântica em 17/07/2015
Reeditado em 23/07/2015
Código do texto: T5313972
Classificação de conteúdo: seguro