CAMINHO TORTUOSO
D’onde estais, ó inquietante donzela?
Pois já não mais te vejo em teu átrio,
Deixastes, para trás o solo pátrio,
Partindo de casa, pra longe dela?
Eras meu alivio quando passava,
Em frente a tua casa todos os dias,
Hoje és, só a musa, da poesia,
Apagou-se a luz, a qual brilhava
Não sei se vou continuar passando,
Por este caminho tão tortuoso.
Fazia pra ver se estavas olhando.
Mudarei, teu caminho é saudoso,
Pois já sei, não estarás esperando,
Que eu arrisque um olhar dengoso.
marcOrsi