O beijo da morte
Quando escarras a boca dentre a dor
Violenta, macabra, podre e morta,
Porque o amor infernal sempre se importa
A maior podridão no vil horror.
Sangra os lábios vermelhos pelo ardor!
Que tu chores e feches essa porta!
Nunca podes beijar que o efeito corta!?
Vês o triste momento no furor.
A tristeza, o perigo e o germe mau,
Esses vermes brutais entram no pau
Com os dois bichos famintos sobre a fome,
O alimento que afaga e morde a boca,
Que ele é muito funéreo, a morte toca
No desejo de um verme - é quem consome...
Autor: Lucas Munhoz - (15/07/2014)