O AMOR DO TEMPO DE CRIANÇA
Deixaste-me, de amor, ao abandono,
E assim por ti fartei-me de chorar,
Eu parecia então um rei sem trono
Que em lágrimas nadava por te amar.
Queria ser do peito teu o dono,
Porém o preço caro de aceitar
O fim do teu amor (do meu abono),
Forçou o coração meu a sangrar!
Eu pensei que seria então feliz,
Pois sempre foi aquilo que mais quis,
Já que significavas a esperança
Que tive, como um infinito sonho,
Do qual jamais na vida me envergonho,
No meu passado tempo de criança.
Ângelo Augusto