IMPERMANÊNCIA
Já brota o dia a iluminar o horizonte
Como se fosse mistério a vir para ficar
A luz que chega bem devagar por trás dos montes
Vem qual a flor que na beleza se faz passar.
Tudo tão calmo, silencioso, sempre nos chega
A prometer perenidade à pretensão
De que o tempo ao relativo da beleza
Nos traz a paz...que sequer fica na intenção.
E de repente a poesia tão verdadeira
Vem nos contar da irrealidade a ficção...
Que toda hora que nunca passa é a derradeira,
A nos passar o que passou no coração!
Impermanência até nos versos é passageira
Qual a poesia que só transpassa a ilusão...