QUANDO EU ME DAVA.

“Não tente me invadir pela rede de esgoto, a minha entrada principal vos será menos mal cheirosa, e costuma ser receptiva”.

MJ.

Tu fostes partes de mim em carne o osso,

Mergulhastes com ansiedade em meu sonho,

Não obstante me patrocinastes o desgosto,

Me fizestes entre trapos o mais tristonho.

Quando eu me dava ao teu ser era todinho,

Me devotava como fosso à abelha rainha,

Mas nunca tive em nosso leito todo carinho,

Se comparado as tuas entregas noutro ninho.

Não me devoto ao fracasso porquanto esqueço,

Quantas vezes me ofendeste mais que urtiga,

E desorientado eu me devotava às raparigas.

Não se faz queijo com o leite já derramado,

Rezas passadas não nos remetem a salvação,

Vamos em frente libertando nossos corações.

LUSO POEMAS, 12/07/15