SEDENTOS DE AMOR
Inspira ó! Minh'alma em noite fria
Por entre névoa envolto a cruviana
Em plumas eu te aqueço ó! Mi'Ana,
Amar-te, lá dos céus alguém já via!
Por entre a fresta aquela estrela pálida
Testemunha que de longe assistia,
Com humor contemplava co'alegria,
A musa que a pouco já bem cálida!
Sedentos de amor, corpos nus ardentes,
Lascivas carnes, massas trepidantes,
Amor em brado, um ranger nos dentes!
Ah! Se os céus e os astros são amantes
Fulgura em minh'alma sorridente
Amar-te, para sempre como dantes!